terça-feira, 22 de agosto de 2017

5 LUGARES SUBTERRÂNEOS PELO MUNDO



O mundo não é apenas aquilo que você enxerga nas ruas: não faltam lugares subterrâneos espalhados por aí, cheios de objetos e histórias incríveis! Conheça alguns deles

Catacumbas de Paris (França)
Getty Images
No fim do século 18, a lotação dos cemitérios no centro de Paris (França) levou o governo a criar grandes covas subterrâneas. Os corpos de mais de 6 milhões de pessoas foram transportados para um sistema de túneis, criado depois de séculos de exploração de pedreiras no passado. Lá, os mortos foram organizados em pilhas, criando as Catacumbas de Paris! São cerca de 400 quilômetros de extensão, mas apenas uma parte dos túneis abriga os ossos – essa área é aberta ao público.
Cripta da Catedral da Sé (São Paulo, Brasil)
Por Tatiana Sapateiro from São Paulo, Brasil - *, CC BY 2.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.p
Localizada na cidade de São Paulo, a Cripta da Catedral da Sé é uma capela construída em 1919 bem abaixo do altar principal. O espaço tem 619 metros quadrados e 7 metros de altura. Lá dentro estão sepultados bispos portugueses e brasileiros, como Antônio Joaquim de Mello, primeiro bispo do nosso país. O local ainda abriga algumas esculturas. Visitadas monitoradas acontecem de terça-feira a domingo.
Coober Pedy (Austrália)
Getty Images
Na cidade australiana de Coober Pedy tudo funciona no subsolo. O local foi construído por volta de 1915, quando a pedra preciosa opala foi descoberta na região e mineradores iniciaram as escavações. Para fugir do intenso calor na superfície (cerca de 40 graus Celsius), os trabalhadores escavaram casas no subterrâneo e acabaram construindo uma pequena cidade. A mineração continua até hoje e o subsolo tem até igreja, hotel, galeria de arte e lojas.
Mina de Sal Wieliczka (Polônia)
Por Cédric Puisney, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=59218
Este local se formou há milhões de anos, mas foi apenas no século 13 que mineiros escavaram galerias e salas, que continuaram a ser visitadas ao longo dos anos. São nove andares, cerca de 200 metros de profundidade e 300 quilômetros de extensão (apenas alguns trechos estão abertos ao público). A Mina de Sal Wieliczka abriga centenas de objetos decorativos e uma catedral esculpida em sal, que levou 30 anos para ser construída.
Mina Radon (Montana, Estados Unidos)
Divulgação
A Mina Radon começou a ser usada em 1924 para extração de prata e minério de chumbo. Mas, em 1949, a descoberta de radioatividade no local fez com que a mina fosse abandonada. Pouco tempo depois, uma mulher percebeu que, após uma visita a esse espaço, ficou curada de uma doença. A partir daí, o lugar se tornou uma mina de radioterapia: pessoas buscam pequenas doses de radiação para diminuir a gravidade de diversas doenças. Até animais de estimação são levados para se tratar!

Fonte:http://recreio.uol.com.br/noticias/curiosidades/5-lugares-subterraneos-pelo-mundo.phtml#.WZyn__iGPhk

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Carlos Drummond de Andrade

Carlos Drummond de Andrade (1902–1987) foi um poeta brasileiro. "No meio do caminho tinha uma pedra / tinha uma pedra no meio do caminho". Este é um trecho de uma das poesias de Drummond, que marcou o 2º Tempo do Modernismo no Brasil. Foi um dos maiores poetas brasileiros do século XX.
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Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) nasceu em Itabira de Mato Dentro, interior de Minas Gerais, no dia 31 de outubro de 1902. Filho de Carlos de Paula Andrade e Julieta Augusta Drummond de Andrade, proprietários rurais. Em 1916, ingressou em um colégio interno em Belo Horizonte. Doente, regressou para Itabira, onde passou a ter aulas particulares. Em 1918, foi estudar em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, também no colégio interno.
Em 1921, começou a publicar artigos no Diário de Minas. Em 1922, ganha um prêmio de 50 mil réis, no Concurso da Novela Mineira, com o conto "Joaquim do Telhado". Em 1923 matricula-se no curso de Farmácia da Escola de Odontologia e Farmácia de Belo Horizonte. Em 1925 conclui o curso. Nesse mesmo ano casa-se com Dolores Dutra de Morais. Funda "A Revista", veículo do Modernismo Mineiro.
Drummond leciona português e Geografia em Itabira, mas a vida no interior não lhe agrada. Volta para Belo Horizonte, emprega-se como redator no Diário de Minas. Em 1928 publica "No Meio do Caminho", na Revista de Antropofagia de São Paulo, provocando um escândalo, com a crítica da imprensa. Diziam que aquilo não era poesia e sim uma provocação, pela repetição do poema. Como também pelo uso de "tinha uma pedra" em lugar de "havia uma pedra". Ainda nesse ano, ingressa no serviço público como auxiliar de gabinete da Secretaria do Interior.
Em 1930 publica o volume "Alguma Poesia", abrindo o livro com o "Poema de Sete Faces", que se tornaria um dos seus poemas mais conhecidos: "Mundo mundo vasto mundo se eu me chamasse Raimundo seria uma rima, não seria uma solução". Faz parte do livro também, o polêmico "No Meio do Caminho", "Cidadezinha Qualquer" e "Quadrilha".
Em 1934 muda-se para o Rio de Janeiro e assume a chefia de gabinete do Ministério da Educação, do ministro Gustavo Capanema. Em 1942 publica seu primeiro livro de prosa, "Confissões de Minas". Entre os anos de 1945 e 1962, foi funcionário do Serviço Histórico e Artístico Nacional.
Em 1946, foi premiado pela Sociedade Felipe de Oliveira, pelo conjunto da obra. O Modernismo exerceu grande influência em Carlos Drummond de Andrade. O seu estilo poético era permeado por traços de ironia, observações do cotidiano, de pessimismo diante da vida e de humor. Drummond fazia verdadeiros "retratos existenciais" e os transformava em poemas com incrível maestria. Carlos Drummond de Andrade foi também tradutor de autores como Balzac, Federico Garcia Lorca e Molière.
Em 1950, viajou para a Argentina, para o nascimento de seu primeiro neto, filho de Julieta, sua única filha. Nesse mesmo ano estreia como ficcionista. Em 1962 se aposenta do serviço público mas sua produção poética não para. Os anos 60 e 70 são produtivos. Escreve também crônicas para jornais do Rio de Janeiro. Em 1967, para comemorar os 40 anos do poema "No Meio do Caminho" Drummond reuniu extenso material publicado sobre ele, no volume "Uma Pedra no Meio do Caminho - Biografia de Um Poema".
Carlos Drummond de Andrade faleceu no Rio de Janeiro, no dia 17 de agosto de 1987, doze dias depois do falecimento de sua filha, a escritora Maria Julieta Drummond de Andrade.

Obras de Carlos Drummond de Andrade

No Meio do Caminho, poesia, 1928
Alguma Poesia, poesia, 1930
Poema da Sete Faces, poesia, 1930
Cidadezinha Qualquer e Quadrilha, poesia, 1930
Brejo das Almas, poesia, 1934
Sentimento do Mundo, poesia, 1940
Poesias e José, poesia, 1942
Confissões de Minas, ensaios e crônicas, 1942
A Rosa do Povo, poesia, 1945
Poesia até Agora, poesia, 1948
Claro Enigma, poesia, 1951
Contos de Aprendiz, prosa, 1951
Viola de Bolso, poesia, 1952
Passeios na Ilha, ensaios e crônicas, 1952
Fazendeiro do Ar, poesia, 1953
Ciclo, poesia, 1957
Fala, Amendoeira, prosa, 1957
Poemas, poesia, 1959
A Vida Passada a Limpo, poesia, 1959
Lições de Coisas, poesia, 1962
A Bolsa e a Vida, crônicas e poemas, 1962
Boitempo, poesia, 1968
Cadeira de Balanço, crônicas e poemas, 1970
Menino Antigo, poesia, 1973
As Impurezas do Branco, poesia, 1973
Discurso da Primavera e Outras Sombras, poesia, 1978
O Corpo, poesia, 1984
Amar se Aprende Amando, poesia, 1985
Elegia a Um Tucano Morto, poesia, 1987
Fonte:https://www.ebiografia.com/carlos_drummond/